Mais do que nunca, é tempo de avançar na construção de diálogos democráticos pela Educação no Brasil
Para todos os brasileiros, a semana começou com um novo desafio: o de olhar para frente e desenhar novas pontes de diálogo em um país dividido. O resultado das eleições nesse último domingo, 28, gerou ao mesmo tempo frustração e euforia em todo o Brasil. Na cidade de Fortaleza – CE, porém, essa foi uma semana de superação das adversidades, avanço e integração nacional a favor do futuro da Educação brasileira.
O motivo para seguir em frente para muita gente foi a realização do III Seminário de Educação Conectada, programa coordenado pela Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação em parceria com a UNDIME – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, o CONSED – Conselho Nacional das Secretarias de Educação e apoio da Fundação Lemann.
O encontro reuniu mais de 90 participantes durante dois dias de diálogo para compartilhar as conquistas, resultados e boas práticas do Programa Educação Conectada.
O Programa de Inovação Educação Conectada tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet de alta velocidade, por via terrestre e satelital, e fomentar o uso de tecnologia digital na Educação Básica na rede de escolas públicas urbanas e rurais de todo o país.
Para isso, o Programa foi elaborado com quatro dimensões: visão, formação, recursos educacionais digitais e infraestrutura que se complementam e devem estar em equilíbrio, para que o uso de tecnologia digital tenham efeito positivo na educação. A diversidade da realidade brasileira é matéria prima para um programa inovador que pretende capacitar profissionais, oferecer conteúdo digital às escolas, investir em equipamentos físicos para a conexão e apoiar técnica e financeiramente escolas e redes de ensino de acordo com suas especificidades.
A Matres Socioambiental é a empresa que modera os diálogos do Programa Educação Conectada desde 2017, contribuindo com a criação de espaços de planejamento participativo em oficinas regionais e nacionais nas quais o programa vem se consolidando.
O último encontro do ano, com a moderação geral de Andrea Zimmermann, comoderação e relatoria de Talita dos Anjos e Facilitação Gráfica de Rodrigo Bueno, contou com uma programação repleta de interações e geração de conteúdos estratégicos.
Já no primeiro dia, o seminário mergulhou na retrospectiva e no monitoramento do programa:
- Conquistas do Programa Educação Conectada em 2018: Apresentação das principais entregas do Programa Educação Conectada em 2018 e diálogos interativos sobre as conquistas de cada estado do país.
- Mesa redonda MEC: Educação e Inovação: parcerias e possibilidades. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) MEC: espaço aberto para formação de professores e gestores; Módulo de Formação para professores em Pensamento Computacional; e Plataforma Digital para autoaprendizagem.
- Projeto BNDES: Apresentação geral do projeto e troca de experiências nos estados onde o projeto já atua:
- Monitoramento do Programa Educação Conectada: Apresentação da proposta para medir a qualidade da conexão no âmbito do Programa de Inovação Educação Conectada; Sistema de Monitoramento de conexão nas escolas – Medidor Educação Conectada.
- Apresentação do Centro Nacional de Mídias da Educação: Balanço geral da implantação e critérios para novos acessos.
No segundo dia, o seminário focou na Construção Coletiva da Visão 2024.
“Me emocionou ver o compromisso dos participantes com a educação e a transformação social independente do resultado da eleição.” Relatou Andrea, sobre o engajamento dos participantes na construção de um futuro melhor para a educação do Brasil.
O encontro foi finalizado em clima de entusiasmo e cooperação em uma plenária objetiva de apresentação de resultados dos diálogos em grupos sobre as principais ações para alcance da visão de futuro. “O que deve ser feito para alcance da visão futuro nos territórios?” Essa questão orientadora reverberou em todos os envolvidos não apenas como uma forma de estruturar ações programáticas de uma política pública, mas como forma de alimentar uma motivação intrínseca em todos os brasileiros em tempos de crise política e transições de governo.
A facilitação de processos participativos é uma chave para a construção coletiva de um futuro desejado, gerando em cada momento de diálogo uma oportunidade de ampliar a escuta das diferenças a favor de um avanço comum integrado. Mais do que nunca, é tempo de avançar na construção de diálogos democráticos pela Educação no Brasil.
Já pensou em como um bom processo participativo pode influenciar a maneira como se faz política no nosso país? Como podemos melhorar nossa administração pública, tornando nossas reuniões, seminários e congressos mais eficientes no exercício do diálogo democrático? As escolhas de como planejar e realizar um encontro participativo, seja ele local, regional ou nacional podem definir não apenas a qualidade dos produtos alcançados, como também os efeitos intangíveis em todos os atores envolvidos sobre o exercício da democracia.
Ficou interessado(a) em saber mais sobre moderação de processos participativos? Visite nosso portfolio e conheça algumas experiências que podem inspirar os seus próximos diálogos.
Renata Navega
É diretora da Matres Socioambiental, moderadora e consultora em projetos socioambientais. Acredita no poder dos processos participativos como forma de transformação social em todas as esferas e temáticas da sociedade.